• Vital e Sua Moto

  • Mensagem de Amor

  • Ska

  • Cuide Bem do Seu Amor

  • Aonde Quer Que Eu Vá

  • Só Pra Te Mostrar

  • O Amor Não Sabe Esperar

  • Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim

Decidimos em 2018 fazer uma grande homenagem a quem batizou nossa banda, tocou guitarra em nossa primeira música e tanto nos inspirou. Herbert Vianna, dos Paralamas, teve oito grandes sucessos regravados por nós e com arranjos muito especias, sob a produção de Liminha.

Bruno Gouveia
voz
Carlos Coelho
guitarra, violão, dobro
Miguel Flores da Cunha
piano, sintetizador e órgão
Álvaro ‘Birita’
bateria, shakers e pandeiro

Músico especialmente convidado: Liminha – contrabaixo e gravações adicionais de guitarra, violão e loops
Participação especial de Izabella Brant em Vital e Sua Moto, O Amor Não Sabe Esperar e Cuide Bem de Seu Amor.
Gravações adicionais:
Marcos Suzano: percussões em Vital e Sua Moto, Mensagem de Amor, Aonde Quer Que Eu Vá, e Só Pra Te Mostrar.
Walmer Carvalho: sax tenor e barítono em Ska e Vital e Sua Moto.
Marcos Sette: trompete em Vital e Sua Moto.
Diogo Gomes: trombone em Vital e Sua Moto.
Produzido por Liminha _
Todas as canções compostas por Herbert Vianna, exceto Aonde Quer Que Eu Vá e Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim – (Herbert Vianna, Paulo Sérgio Valle)
Todas as músicas editadas por EMI/Tapajós. Gravado nos Estúdios Nas Nuvens (RJ), entre os dias 23 de Maio
e 20 de Julho de 2018.
Gravações adicionais de guitarra no Estúdio EME (RJ), por Lucas Macedo
Técnico de gravação:
Daniel Alcoforado
Auxiliares de montagem:
Rafael Minduim e Tucka Silva.
Mixado por Liminha no Estúdio Nas Nuvens (RJ),
Masterizado por Ricardo Garcia no Magic Master (RJ).
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Capa: Crama Design Estratégico Arte: Ricardo Leite
Direção de Design: Ricardo Leite Design Gráfico: Flávio Teixeira Fotografias: Vinicius Mochizuki Styling: Flávia Caruso
Vocal Coach: Luisa Catoira _
Nosso obrigado a José Fortes e aos Paralamas do Sucesso, Liminha, Paola Curi e Daniel Alcoforado, Julio Quattrucci, Carol Pozzani e toda equipe da 74, nossa equipe na estrada, Paulo Sérgio Valle, Reinaldo Yasaki, Ignacio del Nono, Luisa Catoira, Izabella Brant, Antonio Bindi, Vanderlei e Thiago Woody.
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Biquini Cavadão usa sistema de energia Pentacústica, cases Nova Case, palhetas Massah Custom e cabos fornecidos
por Cirilo Cabos.
Biquini Cavadão tem apoio da Sonotec, fones Edifier, TeclaCenter, LAND Professional Audio e Quanta Music.
Bruno Gouveia usa violões Takamine
Álvaro Birita usa violões Takamine, pratos Zeus Cymbals e baquetas Spanking Balanced.
Carlos Coelho usa violões Takamine, cordas Giannini, correias Pipeline Straps e suporte para instrumentos
Support V&M.

Ilustre Guerreiro

O nome Herbert tem origem germânica e sua tradução significa “Ilustre Guerreiro”. Cantor do Paralamas do Sucesso, compositor de inúmeros hits, interpretados tanto por sua banda como também por diversos artistas, Herbert sempre foi um embaixador do rock e da música brasileira. Fez a ponte com uma MPB ainda reticente de perder seu primeiro posto no início da década de 80 por uma turma vinda de São Paulo, Rio, Porto Alegre, Salvador e Brasília. Apresentou novas bandas às gravadoras, como a Legião Urbana, chegando em alguns casos a produzi-las, como foi com a Plebe Rude. Fez lindas canções para artistas solo como Daniela Mercury e Ivete Sangalo, criou uma ponte com artistas latino americanos, como Fito Paez, estreitou nossos laços com os ritmos afro-caribenhos e esteve sempre criando sucessos ao mesmo tempo em que apostando em criações de vanguarda. Seus discos solo são uma bela prova disso.

Nossa história com ele começa em 1983. Bruno, recém chegado de um curso de férias na Inglaterra, foi apresentado a ele por intermédio de um amigo que mais tarde faria parte da primeira formação do Biquini Cavadão. Sua irmã namorava aquele guitarrista paraibano que lhe perguntava se o nome “Paralamas do Sucesso’era legal”. Meses depois, era ele que nos sugeria o nome de Biquini Cavadão para a nossa iniciante banda. Ainda sem um guitarrista, tivemos sua participação na nossa primeira música, Tédio, passaporte para o nosso primeiro contrato com uma gravadora. Aliás, foi ele que incentivou o jovem Marcelo Castello Branco (gerente artístico que, anos depois, se tornou presidente da gravadora) a nos contratar para a Polygram em 1985.
Herbert gravou o primeiro compacto simples conosco, e fez solo na faixa Inseguro de Vida do primeiro LP Cidades em Torrente, de 1986. Cantou conosco em 1991 na faixa Cai Água, Cai Barraco do disco Descivilização, nos deu uma música inédita para gravar. Pra Terminar , que se tornou sucesso na voz de Ana Carolina, teve seu primeiro registro no ano de 2000, para o CD Escuta Aqui. Nossa admiração pela carreira e discos dos Paralamas sempre foi patente. Em entrevistas, sempre dissemos que, embora cada um tivesse um gosto musical, a banda de Herbert era unanimidade. Em determinados momentos de nossa vida, era comum perguntarmos diante de uma encruzilhada: “O que fazer? O que eles fariam se estivessem em nosso lugar?”. Herbert, Bi e Barone sempre serviram como um norte para nossa bússola.

Veio então o acidente com Herbert e ficamos com o coração na mão, como todos seus fãs. Acompanhamos dia a dia seu restabelecimento. Foi uma emoção enorme vê-lo voltar aos palcos e aos discos. Muitos fãs hoje não conheceram os Paralamas com Herbert antes do acidente mas seguem firmes, amantes de suas músicas e apresentações. Sua garra e seu trabalho só se renovam a cada ano. Perdemos as contas de quantos shows já fizemos juntos. E nossa admiração até hoje só aumenta.

Fazer este trabalho nasceu como o projeto de um show específico nosso, passeando por canções da banda e de nosso homenageado. A idéia já existia desde 2007, mas fomos postergando conforme os rumos do Biquini. Selecionamos oito músicas apenas, o necessário para incluirmos no nosso set list. Nossa busca foi por canções que pudessem ser traduzidas por nós. Certamente, grandes sucessos ficaram de fora e não nos prendemos a uma cronologia. Antes de gravar o trabalho, chegamos a ficar por horas em frente ao estúdio buscando entender a responsabilidade deste tributo. Os arranjos originais, sempre foram perfeitos. Portanto, buscamos passear por novas searas, encontrar novas idéias para cada canção.

Isso fez com que Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim ganhasse uma pegada bem rock uptempo, enquanto Só Pra Te Mostrar se desfez de seu balanço para um arranjo introspectivo e espacial. Ska, encontrou uma leitura surf music e Vital e Sua Moto, saiu de sua característica levada à la the Police para um balanço reggae bem roots. Do clássico O Passo do Lui, disco de 1984, fizemos uma versão para Mensagem de Amor, com direito a uma mensagem criptografara em código morse. Da década de 90, também gravamos O Amor Não Sabe Esperar, do disco Hey Na Na. Os anos 2000 vieram com Cuide Bem de Seu Amor, um dos sucessos de seu disco Longo Caminho, que marcou a volta da banda após seu acidente, numa levada digna de filmes de Tarantino, além de um pop alegre para Aonde Quer Que eu Vá. Originalmente como balada, lhe demos uma batida mais solar. Esta última, aliás, junto com Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim, foram as únicas, escolhidas por nós, em que Herbert dividiu a autoria com Paulo Sergio Valle. Todas as outras neste disco foram apenas de sua lavra.

Novamente, contamos com Liminha na produção, já que o nosso disco anterior As Voltas Que O Mundo Dá, nos deu enorme prazer em gravar com ele. Liminha mergulhou em cada canção, tocando baixo, violão, guitarra, numa constatação nossa de que ele também ali queria prestar esta homenagem conosco da melhor forma possível. Todos que se envolveram, incluindo os músicos convidados, deram um carinho e calor especial a cada faixa, como que a agradecer por cada canção composta.

Disco pronto, vamos seguir em tournée por 2019 com este projeto. O show terá um momento específico para as canções dele, além de grandes sucessos do Biquini. Mal podemos esperar pelo que virá. Fica a nossa gratidão a quem sempre fez lindas canções e que com sua garre e luz, fez mais do que jus a seu próprio nome.